O que é Mormo?
É uma doença infecciosa, aguda ou crônica, que ataca principalmente cavalos. Os principais sintomas são febre, úlceras na mucosa nasal, descarga nasal purulentaou sanguinolenta, abscessos nos linfonodos e dispneia. A transmissão ocorre por contato com fluídos corporais dos animais doentes como pus, urina, secreção nasal e fezes. O mormo também pode ser transmitido para seres humanos e em 100% dos casos é letal.
Quais as formas de prevenção?
Não há tratamento nem vacina para o mormo, portanto, a principal precaução é a realização de exames nos animais, participação dos mesmos somente em eventos que respeitem a exigência de exame negativo. Caso o animal seja infectado, para evitar a disseminação da doença, a única saída é o sacrifício do cavalo.
Como fazer o exame?
No site www.agricultura.rs.gov.br há uma lista com os labortórios credenciados para realizar o exame e também uma lista de veterinários cadastrados. O produtor pode também procurar um profissional de sua confiança. Acoleta é feita na propriedade e encaminhada para um dos 19 laboratórios de todo o Brasil que são credenciados pelo Ministério da Agricultura. Os resultados normalmente retornam em menos de 15 dias. A demora acontece quando nesse primeiro teste dá o chamado falso-positivo, o que exige a realização de um teste confirmatório, realizado apenas por um laboratório oficial do MAPA, em Pernambuco.
A exigência do exame e a ação da Secretaria da Agricultura e Pecuária
O primeiro caso de mormo registrado na história do Rio grande do Sulocorreu em Junho de 2015, no município de Rolante. Para evitar a proliferação da doença, no mesmo dia, o foco foi imediatamente isolado pelos fiscais da Secretaria da Agricultura. A partir de então, visando o controle sanitário, todos os equídeos participantes de eventos deverão apresentar o exame negativo para o Mormo dentro do prazo de validade. A medida está sendo tomada com o objetivo de sanear possíveis focos e impedir a disseminação da enfermidade pelo Estado. A Divisão de Defesa Sanitária Animal do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), está adotando as medidas de defesa sanitária animal em consonância com as ações de prevenção e controle de Mormo, previstas na Instrução Normativa nº 024 de 05/04/2004, publicada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
O que é anemia infecciosa equina - AIE?
AIE é uma das principais doenças dos equídeos, podendo comprometer seu desemprenho. É conhecida mundialmente como febre do pântano e é uma doença incurável que pode provocar febre, anemia, emagrecimento e até a morte. A AIE pode manifestar-se de três formas: aguda, crônica e inaparente (a forma mais perigosa, pois os animais têm a doença, mas são aparentemente saudáveis).
A transmissão da AIE ocorre através do contato do sangue de um animal infectado com o sangue de um animal saudável por meio de utensílios como agulhas, freios, esporas, cabrestos, entre outros, ou através da picada de insetos como mutucas e moscas.
VALIDADE DO EXAME: 180 DIAS A PARTIR DA COLETA.
Controle do Trânsito
Somente é permitido o trânsito de equídeos quando acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA) e do resultado negativo dos exames de AIE e Mormo.
Como você pode colaborar para evitar as enfermidades dos equinos:
Providencie o cadastro da sua propriedade rural junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) do seu município e mantenha todos os animais cadastrados na IDA;
Comunique à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) sobre qualquer suspeita de caso de AIE e Mormo;
Não adquira animais sem resultado negativo para AIE e Mormo;
Exija que eventos só permitam o ingresso de equinos com resultado negativo para AIE e Mormo;
Lembre-se que não existe vacina ou tratamento para a AIE ou Mormo e que a Lei determina o sacrifício dos animais positivos.
As ações previstas no Programa Nacional de Sanidade Equina (PNSE) são coordenadas nacionalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em caso de alguma anormalidade em seu rebanho, informe à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) de seu município.
Como não existe tratamento ou vacinas, as recomendações e estratégias de profilaxia e controle estão descritas em legislação específica do Programa Nacional de Sanidade dos Equideos (PNSE) a IN nº 24 de 2004. Ligue: 51 3288.6200.